terça-feira, 28 de abril de 2009

Entrevista com a Contadora Alessandra sobre Educação das Emoções

segunda-feira, 27 de abril de 2009













ENRON – OS MAIS ESPERTOS DA SALA



A Enron 7ª maior companhia norte-americana de petróleo, gás e comunicações mostra as várias facetas do ser humano, como motivação, persistência, coragem, ambição, mentira, falsidade, individualismo, como também mostra a fragilidade de departamentos ligados diretamente a uma empresa, como a Contabilidade e a Auditoria.


A história começa com a motivação de Ken Lay, um homem cujo passado era pobre desde a infância, com a ambição de conseguir ser um homem rico e poderoso. Ele traça sua trajetória até fundar a Enron (resultante da fusão de outras companhias) em 1982, apesar de já no inicio haver especulações de fraude na empresa, Ken Lay com seu grande poder de persuasão consegue manter a empresa de pé.


Com ao objetivo de continuar seu sonho Ken Lay contrata Jeff Skilling para ser o novo diretor da empresa, Jeff Skilling ao perceber que poderia contabilizar os ganhos futuros com receitas correntes, manipulou seus balanços contábeis inserindo receitas inexistentes aumentando o seu lucro e isso fazia com que o preço das ações disparasse na bolsa de valores.

Poucas pessoas sabiam da alteração dos balanços e das negociações políticas em que estava envolvida a Enron. A ganância dos administradores em aumentarem seus lucros influenciou em todo esse processo de manipulação contábil. Como motivação os funcionários tinham participação nos lucros recebendo ações da própria empresa. Eles adquiriram uma personalidade de sociopatas corporativos, onde não mediam esforços nem escrúpulos para conseguir seus objetivos demonstrando assim o individualismo.


Nessa fase Jeff Skilling parecia o “GÊNIO MALIGNO” do racionalista René Descartes, ou seja, dotado de muitos poderes e que manifesta esses poderes em suas ousadas maldades, cujo objetivo principal era fazer com que o homem estivesse errando todas as vezes que tivesse as mais fortes impressões de estar certo. Com esta hipótese de estar errando quando mais acredita estar certo.

Essa teoria fica claramente exposta quando se afirma que existia uma confiança excessiva dos investidores com a facilidade de acesso à negociação no mercado de ações. Um dos exemplos foi às empresas "ponto com", as quais, de repente, tiveram suas ações supervalorizadas levando os investidores a acreditarem que elas eram um ótimo negócio. Na verdade, o que se pôde perceber foi que elas criaram uma "bolha" de otimismo pouco duradoura em torno da qual investidores "amargaram" prejuízos consideráveis. Até pessoas sem nenhuma habilidade em perceber as oscilações e riscos dos negócios, investiam suas economias nesse mercado.

Jeff Skilling criou também a Enron Online que visava um mercado online de venda e compra de energia, como também mais de 500 produtos, a exemplo derivativos de crédito e crédito bancário (onde se incluiriam hipotecas e o risco das mesmas também vendido bem como a venda de crédito), metal, papeis, tempo comercial de televisão, etc…

Planos fracassados nas mãos de outras empresas foram comprados pela Enron e logo se tornaram lucrativos projetos. A mídia destacava seu sucesso, declarando que a empresa representava tudo o que havia de mais moderno e qualificado em termos de moderna gestão de empreendimentos.


A Arthur Andersen auditora responsável pelos balanços também prestava consultoria sendo que a ação dessas duas atividades são incompatíveis. Isto porque se, a auditoria verifica as demonstrações financeiras de forma clara, a consultoria tem como objetivo a obtenção de lucros com processos que não correspondem ao dever de transparência da auditoria.
Pela própria estrutura da "Enron", era difícil acreditar que aquele império um dia poderia ruir, mas como a verdade vem a tona...

A falência da Enron, em 2002, foi inevitável, porque a empresa foi praticamente construída sem uma base forte de sustentação para alcançar os vôos altos que tanto almejavam.
Se Platão estivesse vivo ele diria que as pessoas que investiram e trabalharam na Enron estaria como “O MITO DA CAVERNA”, onde viveram em um mundo, distraídos das coisas mais importantes. Viveram com as máscaras moldadas em rostos escravizados pela ditadura do poder e do consumo, desfocados nas sombras do redemoinho das cidades.

Na atualidade a empresa AIG (American International Group), esta passando por problemas semelhantes, mas com uma diferença, na Enron, foram os donos que fizeram falir e na AIG, são os investidores que estão com problemas financeiros por causa da crise mundial.

Com a polêmica falência da Companhia Enron, podemos perceber o quanto importante é a ética do profissional contábil numa empresa, isso demonstra cada vez mais que o contador é o médico financeiro de uma companhia.

terça-feira, 14 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009


PATRIMONIALISMO


Na intuição e vocação da historia do patrimonialismo, o ser humano foi intuído a registrar sua riqueza, o que sempre foi a essência de sua preocupação. Na fase pré-científica e depois na científica, o homem passou a preocupar-se com a melhor forma de informar, ou contabilizar essa riqueza, isso fez com que os “contistas” Degranges e Dumarchey, atribuíssem o movimento da riqueza em objetos de transações dos negócios, porem eles desenvolveram essa teoria com preocupações maiores de conteúdo, mas sem deixar de evidenciar que essencialmente tudo refere aos movimentos do capital.


O italiano Vicenzo Masi difere do patrimonialismo empírico, pois através de estudos, inspirados no trabalho de Fábio Besta, afirma que o patrimonialismo é o objeto da contabilidade. Masi é o precursor da doutrina Masiana, ou seja, a base dos estudos sobre a contabilidade esta ligada a estática e a dinâmica, mas com o objetivo de cuidar dos princípios e normas que regem a individuação e representação dos fatos patrimoniais, como o inventário, a previsão, os registros e as contas.


Masi com sua didática, sua coerência, seu rigoroso método, o vasto conhecimento histórico de todas as doutrinas, a imensa cultura filosófica, matemática, e humanista, fizeram com que seus trabalhos assumissem uma grandiosidade epistemológica máxima na filosofia da contabilidade, sendo também inspiração para outros estudiosos como; Jaime Lopes, chefe da Escola do Porto, três anos depois de Masi, afirma que suas idéias haviam surgidos independentes das de Masi, mas dentro da mesma linha de raciocínio, Gonçalves da Silva, grande vulto da contabilidade, afirma que do ponto de vista administrativo, o aspecto patrimonial das operações efetuadas sobreleva todos os demais;
O espanhol Fernandez Pirla, com absoluta convicção abraçou o patrimonialismo como corrente de pensamento fundamental, negando também a economia Aziendal, e aceitando a definição cientifica do patrimonialista Masiana;
O brasileiro Francisco D’Auria defende que o patrimonialismo é como o amadurecimento de reflexões, ou seja, parte da definição da contabilidade como ciência do patrimônio aceita estudos da estática e da dinâmica patrimonial como campo de relevância nas indagações, admite também que os estudos devem ser a da administração econômica para um controle efetivo;
O Frances Paul Garnier confirma a forte tendência patrimonialista, mas sem a mesma pureza que Masi, Amorim e D’Auria mantiveram na mesma época, ele define que a contabilidade é geminadas, ou seja, aquele que concerne a uma riqueza e a sua relação quer objetiva, quer subjetiva, com a satisfação da mesma necessidade;

Além de D’Auria, Masi também foi mentor de Frederico Hermann Jr. advento do curso superior de contabilidade no Brasil, Hilário Franco, Carlos de Carvalho, dentre outros.